Wednesday, January 21, 2009

Algo para toda a vida

Acho que quando eu parar de querer ser bom e fazer o bem, pode ser que acreditem que assim sou. Porque quem tenta assim parecer, pode conseguir. No entanto, quando a gente não tenta ser diferente do que realmente somos, não escondemos nada que diga o contrário. Não escondemos as fotos que não mostram o que não aconteceu, mas dizem isso, aos que assim preferem acreditar. Mais ainda, não escondemos as fotos que mostram o que houve, e não há mais. E não classificando como mais ou menos importante, não deixamos de acreditar que as pessoas podem estar em busca de algo para o resto da vida, por um motivo que outra pessoa possa dizer o contrário, por mais que não tenhamos visto.
Com isso, não importa o que eu digo, pois eu dizer que é verdade não é suficiente. Menos ainda, não importa, nem serei ouvido, por que antes de eu dizer a verdade para depois dizer que é verdade, não acreditarás quando digo que a premissa falsa, e nem ouvirás a verdade. Assim, não importa se estou sozinho, pois a verdade não é suficiente. Mas a verdade é que eu estou sozinho, porque outras não foram suficientes, ou porque tu, uma, poderia ser suficiente.
Mas nem sei ao certo. Essa história toda, a mim parece uma grande desculpa, ou espera que eu te peça em casamento? Pois outra opção não há, senão que não estás a procurar algo para toda a vida. Não que não esteja, mas que não sabe, ou não acredita que possa acontecer. Assim, não me admira que não acredite em mim, pois apesar de ser um desafio prazeroso, não seria agradável passar o resto da vida tendo que provar que só quero o bem.
Nem te preocupa, que não vou te pedir em casamento. Não agora, pelo menos. Mas não sei se és quem quero para toda vida. Tu sabes disso? Que sim ou não? Tens certeza? Sei que estou tentando e que por enquanto não posso dizer que não. Sei também que eu acredito. Sei também que eu não minto. Sei que quero o bem.
Isso, eu não teria que dizer. Isso eu não queria dizer. Queria que acreditasse, acima de tudo. Antes de tudo. Queria quisesse ao menos me ouvir. Sei que eu diria a verdade. Sei que eu diria o que aconteceu comigo. Que não digo o que não sei. Que não digo o que não aconteceu aos outros.
O que me importa, é que queria que acreditasse em mim, sem que eu pedisse que acreditasse.
O triste, é que nem te mostrarei esse escrito, por que se mostrar, é o mesmo que pedir que acredite. E se eu pedisse, não seria aquilo que procuro para toda vida.
Foi um dos dias mais tristes dos últimos tempos, e para não ser pior, preferiria que o beijo que mando, fosse para alguém que não o lesse.

Beijo

1 comment:

ANGELICA LINS said...

"preferiria que o beijo que mando, fosse para alguém que não o lesse."

Isso foi mesmo...[suspiro]...Incrível!