Uma vez transcrevi que não poderíamos ser grandes, se não houvesse paixão. No entanto, apenas hoje, em uma conversa de bar, acabei por perceber o quanto isso está presente em nossas vidas.
De um amigo, exemplo de romântico, que pensava eu ter perdido seu ideal em alguma dessas quebradas da vida, ouvi com tanta empolgação sobre um romance sem pé nem cabeça que ele dava tanto crédito, que me dei conta do verdadeiro significado da paixão, que é acreditar. Simplesmente acreditar.
Como tantas tentativas, que todos nós já passamos, e que por várias vezes culpamos aqueles que estavam a nos abandonar, os culpamos, e quase todos os casos enquadram-se na única explicação que damos ao comportamento do outro: Ela não acreditou. Se ela tivesse acreditado, daria certo. Sabemos disso, porque naquele momento, nós mesmos acreditávamos. Sabemos disso, porque quando fomos nós que abandonamos, sabemos que quem não acreditava éramos nós próprios. Sabemos disso, mais ainda, porque nos arrependemos de cada falta de paixão em nossa vida. Eu sei disso, porque hoje sei que se eu tivesse sido um apaixonado do início ao fim, não teria hoje motivos para me arrepender de nada. Enquanto usei como desculpa não querer magoar alguém, a verdade é que nunca fui tão descrente. Nunca estive tão longe da paixão. Nunca estive tão longe de acreditar.
Enquanto acreditarmos, lutaremos. Enquanto acreditarmos, viveremos. Seremos grandes. E o mais importante: Enquanto acreditarmos, seremos apaixonados.
Às vezes, o que a gente mais quer é acreditar. Mas não adianta querer. Apaixonar-se não surge da vontade própria. E ser grande também não se desperta por vontade.
Tanta sorte têm aqueles que conseguiram aplicar sua crença, ou esperá-la chegar.. sei lá. Ainda não descobri como é quando dá certo.
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